terça-feira, 29 de setembro de 2009

ÓPERAS FAMOSAS

Conheçam um pouco das ÓPERAS mais famosas




La Traviata

"La Traviata" é baseada na história real da prostituta Marie Duplessis, uma das musas da alta sociedade parisiense na década de 1840. O próprio Dumas Filho foi seu amante e passou com ela um verão numa das residências do seu pai, o consagrado escritor Alexandre Dumas, autor de "Os Três Mosqueteiros", até hoje o mais conhecido romance de capa e espada.

La Bohéme

La Bohème”, de Puccini. A história se passa em Paris, em meados do século XIX, e trata da história de uma jovem costureira, Mimi, acometida pela tuberculose. Ela conhece um poeta, Rodolfo, que mora com seus amigos em um sótão simples, e eles se apaixonam. Dividida em 4 atos, a ópera narra a bela história de Mimi e Rodolfo, paralelamente à história dos 3 amigos dele, Colline, Schaunard e Marcello. Este último tem um affair com Musetta, que não é tão comportada e doce como Mimi. O diferencial de “La Bohème” para as outras óperas da época é o fato de retratar pessoas da classe proletária, alg

o pouco corriqueiro numa época onde o tema básico era o foco em reis, nobres, deuses e heróis. As humanidades de suas personagens e as partituras de Puccini tornaram “La Bohème” uma das óperas mais famosas do compositor, que também experimentou a pobreza antes de seu primeiro sucesso, “Manon Lescaut”.

Não seria justo tratar da parte musical da peça. Obviamente, falta repertório. A idéia de aproximar a audiência a um tipo de arte geralmente tão distante do grande público é muito interessante. As expressões das pessoas, com os artistas cantando e passando ao lado em meio à cantoria, demonstra que é uma experiência bastante agradável e peculiar, positivamente falando.


Com relação aos artistas, tem-se que destacar, entre os jovens talentos, a estrela principal da peça. A soprano Guiomar Milan, em atuação impecável como Mimi, rouba a cena de seus colegas, com seu talento e graça. Isso pode ser comprovado na hora que os artistas saúdam o público. Mlle Milan é, de longe, a mais agraciada pelos presentes. Com razão, como mostra seu currículo, com prêmios nos festivais internacionais Bidu Sayão e Maria Callas, além de ter sido convidada por grandes diretores artísticos internacionais para cantar em concursos em Verviers (Bélgica) e Dresden (Alemanha). Ou seja, é um talento reconhecido internacionalmente, que deve ser bastante apreciado quando houver oportunidade em terras nacionais.


Apesar de não ser a mais difundida das artes, o público percebe os talentos. E essa aproximação promovida pela CCJ só tende a, cada dia mais, popularizar a ópera, da forma mais sadia possível.




MADAMA BUTTERFLY

Madama Butterfly é um drama que encerra essencialmente um conflito social: o homem ocidental “respeitável” se diverte com uma japonesa, muito graciosa, sem dúvida, mas o matrimônio nada mais é do que um jogo. Ele acabará por desposar uma mulher de sua própria raça. Puccini, conhecedor dos conflitos sociais, soube genialmente trazer do plano privado os problemas da desigualdade das raças, que expressam tão contemporaneamente e além de seu próprio tempo.

Madama Butterfly traz na sua dramaticidade e na sua musicalidade o elemento da verdadeira tragédia: a catástrofe como coroamento inevitável do caráter da gueixa, a vítima do conflito social traduzido no imperialismo ocidental. Confrontada com três alternativas – o casamento com o príncipe Yamadori, o retorno à antiga profissão, ou a morte – fez a escolha mais corajosa. Presa a um conflito moral, anula a si mesma e ressalta a heroína.

Madama Butterfly oferece um magnífico ensaio e estudo da psicologia feminina na música. A personagem-título se desenvolve segundo uma linha contínua e coerente - de esposa-menina no primeiro ato à trágica mulher ao fim da ópera.

O espetáculo é levado a naufragar na sua extenuante doçura, nas cores aveludadas dentro das quais é imersa, na inocência consciente que parece aprisioná-la à solidão. Ante nossos olhos, Butterfly transforma uma infantil recusa à realidade (como vemos em Um bul di vedremo) em uma escolha madura pela morte, ao mesmo tempo em que define o destino do filho. Seu próprio destino é inevitável: quem perturbou a ordem social – como ela fez ao apaixonar-se por um homem a quem deveria divertir – deve restabelece-la com o sacrifício de si mesmo.

Mas a morte, para Butterfly, é uma idéia leiga, aquém de cada palavra de conforto.




Aída
AIDA conta a história de um comandante egípcio chamado Radamés, que comandou a guerra contra a Etiópia. Ao voltar da guerra como herói, o faraó oferece a mão de sua filha, Amneris, em casamento. Contudo, Radamés prefere se casar com Aida, criada de Amneris. De herói ele passa a ser traidor e é condenado à morte. Mas Aida decide compartilhar com ele seus últimos momentos, e a trama se complica..